Segundo Edson Sampaio Lenk Junior, especialista no controle de pragas e presidente da Associação dos Controladores de Pragas de Santa Catarina (ACPRAG), os ratos têm a necessidade de roer para gastar os dentes que crescem incessantemente. “Para não ter o risco de ficar com os dentes grandes demais e com isso não poderem se alimentar, eles roem de tudo o que tem pela frente. Por isso, com frequência, provocam curtos-circuitos ao roerem as capas de fios de eletricidade e podem até ocasionar incêndios”, relata.
De acordo com Edson, impedir a proliferação desses roedores começa basicamente evitando-se os quatro “As”, ou seja, acesso, abrigo, alimento e água, pois limitando a oferta desses fatores se reduz significativamente a infestação.
O especialista também explica que nos condomínios, a briga contra o surgimento dessas pragas depende do envolvimento de todos, não apenas da ação dos síndicos. Manter a limpeza geral, os ambientes secos e ventilados, e o lixo acondicionado de forma correta, são algumas das providências que devem ser adotadas por todos. “Alguns hábitos precisam ser mudados, sobretudo em condomínios horizontais e casas. Um deles é o cuidado com o lixo, pois não adianta manter o material orgânico acondicionado em sacos plásticos no chão porque os insetos e ratos podem rasgá-los. Para evitar o acesso dos roedores às lixeiras é recomendado que os recipientes fiquem dispostos longe do chão”, salienta o especialista.
Edson lembra que, funcionários que limpam espaços que possam conter fezes ou urina dos ratos, também devem se proteger e sempre utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) e produtos que possam neutralizar os dejetos, como o hipoclorito de sódio. “Em ambientes fechados deve-se fazer a ventilação dos locais antes de entrar e usar máscara”, orienta.
Para acabar com os roedores, existem várias soluções disponíveis no mercado, mas em se tratando de condomínios, o mais indicado é contratar uma empresa controladora de pragas habilitada que terá os cuidados necessários conforme o ambiente a ser aplicado. “Todos os produtos disponíveis no mercado têm certa toxicidade, embora se utilizados da maneira correta o risco seja mínimo. Existem também produtos atóxicos no mercado, tais como, armadilhas de cola e ratoeiras, mas em alguns casos não são tão eficazes”, esclarece Edson.
De acordo com o diretor, a periodicidade de aplicação dos produtos vai depender do tamanho da infestação e o contrato com a empresa dependerá da política de cada fornecedor. “Geralmente fazemos em 12 meses, desta forma, o valor fica diluído e os serviços têm mais eficácia com a assistência garantida durante todo o ano. O trabalho começa com uma desratização e no início as visitas deverão ser semanais. Após o controle, podem ser de 15 em 15 dias”, destaca o especialista.
Fonte: CondominioSC