Dentre muitos relatos, há casos em que carros são prensados pelo portão, acarretando prejuízos ao condomínio, responsável, na maioria das vezes, por arcar com os custos de reparo do automóvel e do portão.
No Residencial Granville, na Trindade, em Florianópolis, o síndico Thiago Rocha conhece o problema de perto. “Enfrentamos no mínimo duas panes nos sistemas por mês. Já tentamos modificar as posições e os mecanismos (por correia, trilho… ) de abertura do portão… Não adianta”, confessa. O Granville possui 1,5 mil moradores e o síndico considera que, devido ao grande fluxo de pessoas, o portão é acionado além da capacidade do seu sistema. “Ele é acionado o tempo todo e não suporta a nossa demanda. Para prevenir, contratamos um seguro para cobrir ocorrências de danos em veículos”, diz.
A síndica profissional Adriane Gonçalves Borteze, de Florianópolis, relata que, nos condomínios de praia, o problema nos portões aparece na baixa temporada. “Quando os portões são pouco utilizados, recebem maresia e enferrujam”. Além disso, Adriane lembra um dos casos que aconteceu em um condomínio da cidade, quando um controle remoto, em curto dentro de um carro, acionava o portão automático sem parar. “Ele abria e fechava e tivemos muita dificuldade para identificar o problema e saber em qual carro estava o controle danificado”, conta. E como o portão não tem hora para estragar, a síndica adota uma solução. “Tenho um técnico sempre de plantão, que nos atende em qualquer dia ou horário”, diz.
No condomínio Aconcágua, em Balneário Camboriú, o síndico Carlos Spirelle também enfrentou muitos problemas com os portões automáticos até encontrar algumas soluções. Segundo Spirelle, a primeira medida foi trocar o portão automático pesado por outro de um material mais leve. “O antigo era de madeira e vidro, muito pesado, e dava problema direto. Substituímos esse por um de alumínio, mais leve, e as falhas reduziram consideravelmente”. Mesmo assim, outro problema insistente era o rompimento no cabo de aço, que partia a cada três meses. Depois de fazer alguns cálculos e testes, o zelador Ademar Schaefer criou um novo mecanismo. “Nós substituímos a correia de aço por corrente de bicicleta. Faz catorze meses que estamos com esse novo sistema e não tivemos problemas”, revela Spirelle.
De acordo com o síndico e proprietário da Centralarme, João Batista Rodrigues, em Florianópolis, a maioria dos problemas em portões automáticos poderia ser minimizada se o sistema instalado estivesse de acordo com as necessidades do condomínio. “É preciso avaliar a potência do motor de acordo com o fluxo de moradores que aciona o mecanismo. Para condomínio, é necessário um portão industrial, não um residencial”, explica. Além disso, é imprescindível a instalação de sensor de presença. “Isso impede que carros e pessoas sejam prensados nos portões, que param automaticamente ao detectarem algum objeto em seu percurso”, diz.
– Certifique-se de que o portão instalado no condomínio comporta as necessidades de uso.
– Contrate empresa reconhecida e realize as manutenções preventivas.
– Em ocorrências de panes e consertos frequentes nos portões, avalie a possibilidade de um contrato permanente de manutenção para facilitar a resolução de problemas em casos de emergências.
– Para os portões de garagem, recomenda-se o uso de controles remoto – acessos via senha dispersam os motoristas que se descuidam dos freios nas rampas de descida e subida, podendo provocar acidentes.