Cuidados básicos podem evitar grandes incêndios em condomínios

Negligências com equipamentos e falha humana estão na raiz de grandes incêndios em condomínios.   Cuidados básicos podem evitar grandes incêndios em condomínios   Todos nós acompanhamos com apreensão o desenrolar dos fatos relacionados ao incêndio no edifício Greenfell Tower, em Londres, em junho de 2017. De acordo com as autoridades daquele país, o incêndio […]

Negligências com equipamentos e falha humana estão na raiz de grandes incêndios em condomínios.

Cuidados básicos podem evitar grandes incêndios em condomínios

 

Cuidados básicos podem evitar grandes incêndios em condomínios

 

Todos nós acompanhamos com apreensão o desenrolar dos fatos relacionados ao incêndio no edifício Greenfell Tower, em Londres, em junho de 2017. De acordo com as autoridades daquele país, o incêndio deixou pelo menos 80 mortos e mais de 100 pessoas desaparecidas.

Segundo as investigações, o empreendimento tinha passado recentemente por reformas, que incluíram mudanças nas fachadas e no sistema de calefação, que custaram 10 milhões de libras (42,2 milhões de reais).

Conforme o relato de alguns moradores resgatados, a orientação era para que permanecessem dentro dos apartamentos. Algo totalmente fora do recomendado pelos bombeiros.

O incêndio da capital inglesa ligou o alerta para o assunto em condomínios de todo o mundo.

Apesar desse tipo de acidente estar sujeito a acontecer em qualquer lugar, os prédios mais antigos e sem inspeção correm mais riscos. Portanto, o conhecido ditado popular “prevenir é melhor que remediar”, é o mais verdadeiro quando se refere a assuntos de incêndio.

Fiação antiga e descascada, falta de manutenção, descargas elétricas e falha humana estão entre os principais fatores que começam um incêndio.

Os síndicos precisam estar atentos e providenciar, periodicamente, a verificação dos equipamentos de combate a incêndio. Mas também os moradores precisam fazer o seu papel. Evitar ligar diversos aparelhos em uma mesma tomada usando o famoso benjamim, tomar cuidado com panelas no fogo, fumar em locais indicados e cobrar, por meio das assembleias, a correta manutenção dos equipamentos contra incêndio.

Os equipamentos mínimos necessários para a sinalização e combate ao incêndio podem variar de acordo com a idade de construção do edifício e a área construída, mas o mínimo exigido passa por extintores, iluminação e sinalização de emergência que brilham no escuro, e brigada de incêndio, obrigatório desde 2012.

Para empreendimentos acima de quatro andares é necessária a instalação de hidrantes, alarme, para-raios e gás centralizado. Já as edificações acima de 20 metros, além das exigências anteriores, são indispensáveis, ainda, a instalação de escada enclausurada com portas corta-fogo.

Outro fator fundamental que auxilia no combate e prevenção dos incêndios é a capacitação dos funcionários e síndicos. Para isso, diversos Secovis oferecem cursos de brigadista gratuitamente aos condomínios.

Confira outras dicas para ter um edifício seguro

1- Manutenção

– Os extintores de incêndios devem ser apropriados para o local e distribuídos de acordo com a aprovação do corpo de bombeiros. Sua manutenção e recarga devem ficar a cargo de empresas especializadas.

– Os hidrantes devem ser bem sinalizados e de fácil acesso. Sua manutenção, assim como os extintores, é anual e a mangueira dos hidrantes deve estar bem enrolada e dispor de bico e chave “stortz”

– Desenrole toda a mangueira e verifique se elas podem ser acopladas facilmente nos hidrantes. Não espere o teste anual para realizar esse procedimento.

–  O sistema de iluminação de emergência deve ser testado mensalmente. O tempo de iluminamento necessário é entre 1 a 2 horas.

– O alarme contra incêndio pode ser acionado manual ou automaticamente. No entanto, ele deve ser audível em toda a área envolvida pelo ocorrido. A sua manutenção deve ser verificada com o fabricante.

– Observar periodicamente as molas, maçanetas, trincos e as folhas das portas corta-fogo. Lembre-se que ela deverá sempre se abrir para o lado da saída das pessoas e o seu fechamento deve ser completo.

– Faça, anualmente, testes de resistência no para-raios.

– Não se esqueça de realizar, também, anualmente, o teste de estanqueidade de GLP.

2- Cuidados

– Sinalize e mantenha livre as rotas de fuga. É comum que os moradores deixem objetos nos corredores. Procure alertá-los dos perigos para essa prática.

– Evite o acúmulo de material potencialmente incendiário como tintas, papel plástico e outros em salas dentro do condomínio.

– Oriente os moradores sobre os cuidados com eletrodomésticos e panelas no fogo. Em caso de cheiro de gás, não acenda luz ou risque faísca. Abra todas as janelas do ambiente e espere o gás se dissipar.

3 – Na hora do incêndio

– De imediato chame o Corpo de Bombeiros.

– Os especialistas imediatamente irão lhe auxiliar sobre os primeiros procedimentos até a chegada de uma viatura ao local. Normalmente, as recomendações são as seguintes, mas sempre siga o que o profissional determinar.

– Evite os elevadores. Evacue o local pela escada e oriente os moradores a fechar todas as portas que passarem.

– Desligue a rede elétrica e a central de gás, quando houver.

– Retire todos os moradores do prédio dando uma atenção especial para crianças e idosos. Depois de solucionado o foco de incêndio, faça a identificação de todos e comunique ao bombeiro.

Fonte: Guilherme de Paula Pires | Viva o Condomínio | https://vivaocondominio.com.br

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