Condomínio e pets

Antes de comprar ou adotar um, deve-se conhecer as regras do condomínio Veja dicas para o bom convívio dos pets em condomínios Conhecer o temperamento do bichinho é fundamental para evitar conflitos. Antes de adotar um animalzinho é preciso estar a par das regras do prédio. Ter um bichinho de estimação pode ser uma saída […]

Malu, a companheira inseparavel de Fabiana (Foto: Caca Fagundes/ Arquivo pessoal)
Malu, a companheira inseparável de Fabiana (Foto: Caca Fagundes/G1)

Antes de comprar ou adotar um, deve-se conhecer as regras do condomínio

Veja dicas para o bom convívio dos pets em condomínios

Conhecer o temperamento do bichinho é fundamental para evitar conflitos. Antes de adotar um animalzinho é preciso estar a par das regras do prédio.

Ter um bichinho de estimação pode ser uma saída para quem quer um companheiro em casa. Este é o caso de Fabiana Ferreira, dona da pequena Malu, uma cachorrinha de quatro meses. Ela decidiu adotar a pequena depois de um ano e meio morando sozinha.

“Eu me mudei para o apartamento e sentia que faltava algo, uma companhia. Então, minha mãe me contou que a cachorra de uma amiga dela estava prenha e me incentivou a pegar a Malu”, conta Fabiana, entre os latidos da espevitada cachorrinha.

Mas isso só foi possível porque no edifício onde Fabiana mora há regras para a posse de animais de pequeno e médio porte. Lázaro Miramontes, o síndico, conta que essa decisão foi tomada durante a primeira assembleia de moradores.

“Aqui no prédio a norma diz que os moradores que tenham pets devem transitar com os animais no colo ou em coleiras, para evitar que façam sujeira nas áreas comuns. Essa regra foi estabelecida na época da primeira síndica e qualquer alteração precisa ser aprovada por uma nova assembleia”, explica.

Um dos pontos primordiais para o bom convívio entre os donos de pets e os demais moradores é o bom senso. Fabiana conta que já teve uma “surpresinha desagradável” no hall do prédio.

“Acho que é necessário muito diálogo e respeito entre os condôminos, eu mesma já encontrei fezes na porta do elevador, isso é muito desagradável. Eu me preocupo muito em questão ao barulho, sempre pergunto para os meus vizinhos se os latidos da Malu incomodam”, garante.

Por conta de episódios como este, algumas medidas foram tomadas, como a construção de um jardim externo para os pets. “Além da construção de um espaço específico para os animais, foram instaladas câmeras de monitoramento nos corredores para coibir os moradores que não recolhem as sujeiras dos seus bichinhos. Mesmo assim alguns condôminos não cumprem as regras, aí então, depois que a pessoa já foi advertida, aplicamos uma multa no valor da mensalidade do condomínio”, diz o síndico.

Orientações do Secovi

Guido Cussiol Neto, diretor regional do Sindicato da Habitação de Sorocaba (Secovi), orienta os moradores de condomínios que querem ter um animalzinho de estimação. Segundo ele, a primeira coisa é verificar como a convenção e o regimento interno do seu condomínio tratam o assunto.

“Agora, se você adquiriu um apartamento cuja convenção já foi estabelecida também é possível sugerir o assunto nas reuniões de assembleia. Além disso, é importante pesquisar sobre as raças mais adequadas para apartamento, até que tamanho cresce, temperamento, entre outras questões. A orientação do Secovi-SP é que os animais também não podem prejudicar a tranquilidade, a higiene do condomínio e a saúde dos demais moradores”, ressalta Guido.

Segundo ele, a lei vem sendo adaptada às necessidades dos condôminos. “Muitas das convenções de condomínio dizem que é proibida a permanência, mesmo que temporária, de animais nas dependências do condomínio, mas dado o grande número de condôminos que possuem animais de estimação, esta questão foi sendo modificada. Hoje, a jurisprudência está seguindo a seguinte regra: são permitidos animais de pequeno porte, limitados às unidades autônomas (apartamentos), desde que sejam transportados pelo elevador de serviço e não prejudiquem a tranquilidade, a saúde e a segurança dos demais condôminos”, esclarece.

Adoção comunitária

Nina, uma vira-latas de aproximadamente 11 anos, apareceu no prédio da subsíndica Sandra Vergili em maio de 2015. E ela não veio sozinha.

“A Nina estava bem magra, suja e faminta. Eu e o zelador demos comida e ela foi aparecendo todos os dias. Algumas semanas depois descobrimos que ela estava grávida. Em agosto nasceram cinco filhotes, que foram doados. Segundo o veterinário, se não a tivéssemos resgatado, ela e os filhotes teriam morrido, porque o primeiro deles ficou entalado e foi necessária uma cesárea”, relembra Sandra.

A adoção comunitária aconteceu naturalmente. Aos poucos os moradores passaram a alimentar e presentear o animalzinho. Em pouco tempo Nina já tinha até uma casinha.

“Como ela era muito magra, passava por entre as grades do portão social para dormir no jardim do prédio. Sem combinar ou definir nada em reunião, cada morador começou a alimentá-la, trazer roupas e, em menos de 15 dias, ela já tinha uma casinha, cobertores e potinhos”, conta a subsíndica.

Durante o dia a Nina é a companheira inseparável do zelador. Quando a noite chega ela tem um lugarzinho cativo no apartamento da Sandra.

“A princípio ela dormia na casinha dela, mas depois que doamos os filhotes, ela ficou muito territorial e passou a latir muito à noite. Para não atrapalhar o descanso dos moradores, resolvi arranjar uma caminha para ela no meu apartamento. À noite ela costuma dormir comigo, mas já passou a noite em outros apartamentos, pelo menos mais dois moradores têm caminhas só para ela”, diz.

Algumas regras foram estipuladas pelos moradores para garantir um bom convívio com a dócil Nina.

“Alimentação, só se for ração; não esquecer que, apesar de dócil, ela é um cão e não se deve tirar coisas de sua boca, apertá-la ou puxar rabo e orelha; ter cuidado no momento de entrada e saída de carros da garagem porque ela costuma acompanhar a todos”, adverte a subsíndica.

Fonte: https://g1.globo.com/

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