Com planejamento e uso dos equipamentos certos é possível tornar mais seguro o acesso às garagens do condomínio
Com pouco mais de três anos de uso, o condomínio Celebration trocou a abertura dos portões de senha pelo sistema de biometria. O mecanismo está entre os mais utilizados em empreendimentos paulistanos nos ultimos três anos, assim como os controles lineares com a função pânico.
Vaga de pânico – Antonio Jorge Neto, diretor de condomínios de uma administradora de São Paulo, comenta que ao optar por essa função, é importante deixar claro aos moradores que o uso só deve ser feito em casos de extrema necessidade. “O uso da função pânico de forma errônea tira a credibilidade do mecanismo depois de um tempo.”
Além do botão pânico, muitos condomínios também adotaram a chamada “vaga de pânico”. Trata-se de um espaço específico ao qual um morador que esteja sendo coagido possa estacionar – no caso de um bandido estar dentro do carro, por exemplo. Automaticamente, funcionários que estejam presentes na garagem – ou sensores – alertam a portaria de que algo está errado.
Entretanto, Neto explica que o uso desnecessário da vaga está sujeito à multa. “Ao criar em assembleia a vaga de pânico, já pode ser estabelecido o pagamento de multa para usos que não contemplem a função da vaga.”
Eficiência x limitações – Samuel Pereira, diretor operacional da Haganá Segurança, comenta que o custo não é desculpa para se investir em segurança hoje em dia. “Havendo planejamento é possível montar um plano que seja eficiente e econômico.”
Para Pereira, sistemas eficientes são aqueles que inibem a entrada dos ladrões. “A partir do momento em que o indivíduo está dentro do condomínio (como acontece quando há uso da vaga pânico) já há possíbilidade de se ter acesso total ao empreendimento”. Além disso, o uso desnecessário causa a perda de credibilidade e transtornos desnecessários em alguns casos.
O diretor operacional da empresa especializada em segurança também comenta que o sistema de controle linear tem baixa eficiência se não estiver atrelado ao treinamento dos funcionários da portaria. “Junto com um sistema de reconhecimento facial e um posicionamento adequado das câmeras, é solicitado ao morador abaixar todos os vidros para que o funcionário, a partir de fotos do sistema, possa realizar ou não a entrada do veículo.”