Micheline Garcia, conselheira do Weekend, da VCG: existência de salas de trabalho foi decisiva para a compra.
Em tempos de trabalho fragmentado, ter um espaço em casa onde seja possível se concentrar na realização das tarefas sem atrapalhar a rotina da família costuma ser o desejo de boa parte das pessoas que trabalham em home office. Para os moradores de alguns edifícios de Curitiba, tal ideal já é uma realidade.
Entregues recentemente, alguns empreendimentos na cidade oferecem espaços de coworking e/ou salas de estudo e de reuniões entre suas áreas comuns. Tais ambientes estão entre os mais usados pelos moradores, em especial os de apartamentos compactos, respondendo à aposta das incorporadoras na sua oferta.
Bruno Colombo, gerente do 7th Avenue Live & Work, conta que o coworking da torre residencial faz sucesso entre os condôminos. “Temos moradores que usam o espaço diariamente, tanto para estudar quanto para realizar as atividades do trabalho”, conta. A sala tem oito estações de trabalho, rede wi-fi e pode ser utilizada por um período de duas horas/dia por unidade, de acordo com o regimento interno.
O radialista e produtor de eventos Marcelo Migotto é um dos moradores que frequentam o coworking. Para ele, o espaço representa uma facilidade ao permitir o acesso ao trabalho, às redes sociais e ao lazer online sem que, para isso, seja necessário contratar um serviço de internet para a unidade. “O coworking também favorece a convivência entre os condôminos, que não precisam ficar fechados em seus apartamentos”, avalia.
Outro morador, que trabalha com home office e preferiu não se identificar, acrescenta a redução dos custos com deslocamento e com o aluguel de espaços comerciais e a ampliação do networking como outras vantagens do espaço.
No edifício Weekend, a presença das duas workstations (salas de reuniões) também é bem vista pelos condôminos. Micheline Garcia, conselheira do empreendimento, conta que há casos de condôminos que ainda nem se mudaram, mas já utilizam os espaços para atender arquitetos e fornecedores das obras em suas unidades.
Diferente do coworking, as salas do empreendimento não são destinadas ao uso compartilhado, sendo necessário seu agendamento prévio. Os espaços são equipados com ar-condicionado e TV, além de mobiliário, e têm capacidade para quatro ou para até 14 pessoas.
“As salas pesaram na minha decisão de compra. Na época, eu poderia escolher entre empreendimentos com cinema ou com a workstation, e optei pelo ‘work’ por ele ser mais usual no dia a dia”, avalia Micheline.
A conselheira aprovou tanto o conceito do espaço que levou a ideia para o prédio de onde está se mudando, no qual é síndica. Segundo ela, nele os moradores precisam receber fornecedores e clientes em pé, na portaria, ou então no apartamento, o que tira a privacidade da família. “A proposta foi bem aceita, pois todos os moradores precisam de um ambiente como este. Agora, teremos reuniões para desenvolver o ambiente, conta.
Aposta das construtoras, os escritórios compartilhados têm conquistado moradores. Conheça empreendimentos contam com estes espaços:
Fonte: Gazeta do Povo