Por ter muitas regras relacionadas ao perfil de crédito, as opções de financiamento costumam fazer da renda um empecilho
Fazia tempo que o agente financeiro Victor Alex Lemos, de 29 anos, tentava financiar a compra de sua casa. Bateu à porta de vários bancos, mas sempre encontrava barreiras. “Cheguei a virar cliente de uma instituição financeira, mas não consegui crédito por ela, porque não tenho renda compatível“, explica.
Como Lemos mora sozinho, não pode somar seu salário com o de outra pessoa para facilitar a abertura do crédito. “Se você não tem renda, passa muita vergonha”, reclama.
Mas ele não tirou o sonho da cabeça. Quando percebeu que as condições para obter financiamento melhoraram, resolveu tentar de novo. E conseguiu. Este mês, ele está eufórico. Sai da casa alugada na Vila Matilde, zona leste, para um apartamento novo, de dois dormitórios, em Pirituba, zona oeste. “Quando me vi com o contrato de compra e venda assinado, quase não acreditei.”
O imóvel fica mais próximo de seu trabalho, no Morumbi. “Hoje levo duas horas para voltar do trabalho. No apartamento novo, vai demorar 1 hora e 15 minutos”, calcula. Além disso, vai morar próximo da linha do trem e terá acesso mais rápido a rodovias que levam ao interior. “Vai ficar mais fácil para eu visitar meus parentes em Jundiaí.”
O apartamento no condomínio levantado pela construtora Mudar – criada especificamente para atender ao público de rendas média e baixa – custou R$ 60 mil. Lemos ofereceu R$ 16 mil como entrada e financiou o restante pela Caixa Econômica Federal.
“Achei o processo rápido. Tive a proposta aprovada pelo banco e a construtora deu suporte.” A prestação de R$ 400 vai ficar R$ 100 mais cara que o aluguel que paga. Mas ele não se importa. “É quase o equivalente”, diz.
Na opinião de Lemos, o que ajudou na compra foi o momento econômico. “De uma forma geral está melhor. Com relação à compra da casa, está mais fácil, mas ainda há um pé no freio”, afirma.
Fonte: https://revista.zapimoveis.com.br/