Verão intenso, cuidado redobrado

Com o aumento do uso, piscinas devem ser tratadas com mais frequência para garantir qualidade da água Ter piscina em casa exige cuidado permanente para conservar a qualidade da água. Imagine, então, o tratamento necessário para manter limpa uma piscina usada por dezenas – até centenas – de pessoas diariamente. Pois os administradores de condomínios […]

Com o aumento do uso, piscinas devem ser tratadas com mais frequência para garantir qualidade da água

limpeza de piscina

Ter piscina em casa exige cuidado permanente para conservar a qualidade da água. Imagine, então, o tratamento necessário para manter limpa uma piscina usada por dezenas – até centenas – de pessoas diariamente. Pois os administradores de condomínios em Londrina estão diante dessa realidade. Com o intenso calor que assola a cidade, moradores que antes passavam longe da área de lazer tornaram-se assíduos e o tratamento da água teve de seguir o mesmo ritmo.

Heraldo Rodrigues Boas, administrador do Torre Alicante, diz que o uso excessivo das três piscinas do condomínio, que totalizam 180 mil litros de água, levou ao aumento da frequência de tratamento. Segundo ele, a piscina vem sendo usada durante o dia, a tarde e até a noite pelos 60 moradores. “Em épocas normais, tratamos a água três vezes por semana; agora, estamos fazendo diariamente”, compara o administrador.

O Torre Alicante conta com dois piscineiros em tempo integral para os cuidados com a água, que, por ser aquecida, exige ainda mais atenção. “Tem de ser redobrada, para manter a piscina externa entre 26ºC e 28ºC e a interna entre 30ºC e 32ºC”, explica. Ângela Maria dos Santos, administradora do condomínio Torre Valverde, conta que o uso da piscina tem ocorrido durante todo o dia.

“Antes, (a piscina) era usada mais no período da tarde, mas chegava a passar o fim de semana sem ninguém. Hoje, o movimento começa já pela manhã, quando muitas mães aproveitam para trazer as crianças”, relata. Ângela diz que a limpeza, feita por empresa terceirizada, passou a ser feita três vezes por semana, ao invés das habituais duas vezes. “A rotina mudou”, conclui.

Mas por que o uso mais intenso exige maior limpeza? Porque nosso próprio corpo, ainda que sem nenhum óleo ou filtro, contribui para a má qualidade da água. “O filtro solar, ou qualquer outro produto, sai na água e ela não absorve. Mesmo que você estiver sem nada, seu corpo solta óleo, que já suja a água”, explica Adalton Soares, limpador de piscina há 23 anos.

Para tentar controlar e minimizar esses impactos, Ângela Maria comenta que o condomínio que administra impõe regras quanto ao uso de óleos e bronzeadores e, também, sobre a proibição de ingerir comidas e bebidas na área das piscinas. “Os próprios moradores são esclarecidos e nos ajudam a manter as condições de uso”, garante.

Tratamento

A primeira coisa a se fazer em uma piscina, antes de qualquer tratamento, é o diagnóstico do pH e alcalinidade. Quem explica é o consultor técnico da Cia das Águas, em Londrina, Antônio Carlos Rodrigues. Segundo ele, a partir da medição será possível indicar o melhor tratamento para a água, que deverá ser concluído em até 24 horas. Rodrigues destaca que as piscinas de uso coletivo exigem mais cuidado que as residenciais.

“A medição do pH e alcalinidade deve ocorrer de três a quatro vezes por semana em piscinas de uso público e uma vez por semana em casa”, indica. Rodrigues confirma que produtos como filtro solar agridem muito a água e pede cuidado no uso, mesmo já existindo produtos no mercado que eliminem parte do óleo acumulado. “Ele (o produto) retira, no máximo, 80% da substância e pode ser usado uma vez por semana em piscinas residenciais, com medidas de 10 ml para cada 1.000 litros. Para piscinas de uso coletivo há de se fazer uma avaliação antes”, afirma.

Em piscinas aquecidas, o cuidado deve ser ainda maior, já que, nelas, a proliferação de bactérias se dá com mais facilidade, em virtude da maior permanência e do suor do corpo dos banhistas. “As piscinas com água quente levam 50% mais cloro, cerca de 6 gramas para 1.000 litros de água; nas normais, a medida é de 4 gramas para 1.000 litros”, explica Rodrigues.

Cuidado caseiro

Raquel Gouveia Hirata tem piscina em casa há um ano e meio. Ela mesma cuida, controla o pH e administra o cloro. Segundo a vendedora, a aquisição foi feita em um mês de dezembro, quando o calor era intenso, mas nem tanto quanto o deste ano. “Nesse período, todos os dias não vejo a hora de chegar em casa para dar um mergulho”, conta.

E no final de semana, a casa se transforma em um clube, com a reunião dos amigos. Por ser de uso restrito, Raquel diz que faz a medição do pH da água a cada vinte dias e que, conforme a alteração, toma cuidados extras. “Pedimos sempre para os convidados tomarem uma ducha antes de entrar na água, por causa de óleos e filtro solar, e também para não entrarem de roupa”, conta.

Fonte: Folha de Londrina

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