Para manter o funcionamento adequado de seus espaços e instalações, os condomínios não podem descuidar das manutenções preventivas de seus equipamentos. Realizadas periodicamente, elas garantem segurança e conforto aos moradores, além de proporcionarem economia, já que a manutenção geralmente custa menos do que consertos emergenciais.
Os elevadores são um dos primeiros itens da lista de equipamentos que devem ser verificados regularmente. Dirceu Jarenko, vice-presidente de condomínios do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), explica que a empresa com a qual o empreendimento mantém contrato costuma prever manutenções mensais, trimestrais, semestrais e anuais dos diferentes componentes do elevador, cabendo ao síndico verificar se elas estão sendo realizadas no prazo. “A empresa deixa uma via deste cronograma na casa de máquinas, por meio da qual é possível acompanhar sua realização”, afirma.
Muitas vezes negligenciado, o sistema de incêndio – incluindo os extintores – também demanda revisão periódica, como lembra João Ferraz, gerente de negócios da Apsa Administradora de Condomínios. Segundo ele, verificar se a tubulação está pressurizada, se os sprinklers e alarmes estão funcionando e se há reserva técnica mínima de água é fundamental para garantir que o sistema funcione em caso de emergência. “A vistoria dos manômetros e da reserva técnica pode ser feita diariamente pelo síndico ou o zelador, que também podem testar semanalmente o alarme sonoro. Já a manutenção das mangueiras e dos sprinklers deve ser realizada a cada seis meses por uma empresa especializada”, ensina.
Outros dispositivos que exigem manutenção semestral são as caixas d’água e cisternas, que devem ter sua limpeza feita por especialistas. A revisão dos para-raios, por sua vez, é recomendada em intervalos de seis meses a um ano. “A manutenção deles deve ser feita por uma empresa credenciada ao órgão competente e afixada em local onde os moradores possam visualizá-la”, acrescenta Ferraz.
É responsabilidade legal do síndico manter um cronograma e realizar as manutenções preventivas dentro dos prazos para cada tipo de estrutura e/ou equipamento. Os moradores podem, e devem, contribuir e fiscalizar este controle, como fazem os condôminos do Parque Residencial Fazendinha. “Eles costumam comunicar quando percebem algum problema e cobram uma solução. Fazem isso, principalmente, pela redução nos custos”, conta Paulo Ricardo Santos Costa, síndico do condomínio, que tem 640 apartamentos.
Sobre as despesas envolvidas, os especialistas dizem ser difícil mensurar um valor, pois os orçamentos variam de acordo com o tipo de manutenção e a tecnologia dos equipamentos. Cabe ao síndico, no entanto, fazer mais de um orçamento e apresentar os custos ao conselho fiscal do condomínio, além de mantê-los à disposição dos moradores para consultas e esclarecimentos.
Confira outros equipamentos que devem ter manutenção preventiva:
Todos os dias é preciso retirar folhas e outras sujeiras da água e verificar possíveis vazamentos (o que também vale para as demais instalações hidráulicas). A análise da condição da água e a adição de algicidas e cloro deve ser realizada semanalmente. A revisão da casa de máquinas é feita a cada seis meses.
Uma vez por mês, as luzes de emergência devem ser desligadas de sua fonte de alimentação e permanecer acesas até que acabem suas baterias. De acordo com Jarenko, esta é uma recomendação dos fabricantes.
Zelador, síndico e moradores devem ficar atentos a rangidos, mau funcionamento ou ao surgimento de ferrugem nas grades e portões, assim como em seus motores elétricos e sensores. A manutenção deve ser realizada assim que sejam detectados qualquer um destes sinais.
O funcionamento das bombas que levam a água até a caixa deve ser intercalado semanalmente. Isso previne que a bomba que seria a “reserva” sofra a ação da ferrugem e fique presa após muito tempo sem uso. Uma vez por ano é preciso fazer a manutenção dos equipamentos.
Fonte: gazetadopovo.com.br