Conheça os cuidados básicos quanto à exposição aos raios solares, rega e adubação
Ao caminhar pelas ruas, basta olhar para o alto para perceber que os apartamentos estão mais verdes e floridos. As sacadas, ao menos, estão. Em meio ao concreto e cores sóbrias dos edifícios, as plantas, se bem cuidadas, oferecem uma forma de manter contato com a natureza. Para que elas vivam viçosas, é preciso ter cuidados básicos quanto à exposição aos raios solares, rega e adubação.
(Foto: shutterStock)
O primeiro passo antes de comprar a planta é avaliar o quanto de luz natural há no ambiente em que se pretende dar as pitadas de verde, aconselha o arquiteto e professor do Instituto Brasileiro de Design de Interiores (IBDI) e do Espaço Plural, Paulo Sá, de Blumenau. Ele explica que há espécies adequadas para cada nível de iluminação. A qualidade de vida e longevidade da planta está ligada diretamente à quantidade de luz natural. E mesmo as plantas que aceitam viver no escuro ou sob luz artificial precisam a cada 30 dias ficar de 48 a 72 horas expostas – diretamente ou não – ao sol.
“Cada planta precisa de uma determinada quantidade luz. Todas precisam, só que umas mais e outras menos. A regra básica é respeitar isso”, afirma Sá.
A vida da planta depende da dose certa de água
Além da luz, é preciso ter atenção às regas. A causa mais frequente de morte entre as plantas cultivadas dentro de apartamentos e ambientes fechados é sede ou afogamento, conta a gerente da Casa di Fiore, de Blumenau, e engenheira florestal especialista em plantas ornamentais, Ana Glória Nunes e Silva. Ela explica que ao comprar a planta, além de levar em conta a luz do ambiente, é preciso informar-se sobre a quantidade de água necessária para que a espécie viva bem. As regas variam também conforme o clima, a incidência de raios solares e a quantidade de terra no vaso. Algumas precisam de água várias vezes por semana, enquanto outras podem ficar até 15 dias sem recebê-la.
Dê preferência ao regador na hora de molhar suas plantas (Fotos: ThinkStock)
“A terra tem que sempre ser mantida de úmida para seca, não pode ficar encharcada. O ideal é sempre colocar o dedo na terra para sentir o nível de umidade”, ensina Ana.
Outro item essencial é a adubação. Paulo Sá recomenda a preferência pelos adubos orgânicos, que demoram mais a dar resultado, mas se assemelham ao que as plantas encontrariam na natureza. A engenheira florestal explica que as adubações – que podem ser químicas – precisam ocorrer todo mês e a troca de parte da terra a cada três meses. A substituição de toda a terra, seguida de boa adubação, deve ser feita uma vez ao ano, de preferência no outono.
Vão da escada pode ser um ótimo espaço para jardim interno (Fotos: Reprodução/Pinterest)
Para cada luz, uma planta
Sombra
Locais em que não há luz natural ou apenas luz artificial (sala, corredor, hall, etc..)
– Zamioculcas
– Coco vedeliano
– Chamaedorea
– Lumina
– Dracena compacta
– Ráfia
Meia-sombra
Onde a luz natural entra por meio de janelas e portas de vidro
– Pleomele
– Dracena arbórea
– Bambu-da-sorte
– Samambaias
– Dinheiro-em-penca
– Lírio-da-paz
– Véu-de-noiva
– Pacová
– Antúrio
– Orquídeas
Muita luz
A luz natural incide sobre as plantas por pelo menos 4 horas ao dia
– Buxinho
– Hortas
– Palmeiras
– Árvores frutíferas
– Bromélias de sol
– Flores
– Ciprestes
– Pinheiros
Fonte: ZAP Imóveis