* por José Elias de Godoy
O que se observa é que os condomínios têm sido alvo de incursões criminosas, onde os bandidos utilizam a porta da frente dos prédios para executarem suas invasões e assim cometerem seus delitos. Portanto, deve-se tomar algumas precauções nas entradas dos condomínios, iniciando-se pela identificação de toda e qualquer pessoa estranha que queira entrar no prédio.
É importante salientar que esta triagem deve ser feita na parte externa do condomínio, ou seja: do lado de fora dos portões, perguntando-lhe o nome, de onde vem, com quem gostaria de falar ou visitar e se for o caso o assunto a ser tratado.
Feito isto, deve-se entrar em contato com o morador, verificando a possibilidade deste recebê-lo ou não. Sendo autorizado, deve-se liberar a entrada do visitante, cadastrando-o, anotando seus dados em livro, formulário próprio, ou ainda sistema informatizado, sendo em seguida indicado o caminho que o visitante percorrerá até a residência do morador.
O portão somente deve ser aberto após a identificação completa do visitante e da autorização por parte do morador. Se houver quaisquer dúvidas, quanto à identidade do visitante, o morador deve descer à portaria para identificá-lo.
O porteiro deve ser orientado que antes de tomar atitudes de liberação de entrada de estranhos ao prédio, certifique-se que a autorização, via fone ou interfone, partiu realmente de um morador.
Para tanto a portaria deverá manter um cadastro atualizado de todos condôminos servindo como fonte de consulta para os porteiros a fim destes contatarem diretamente com os moradores.
Fora isto, os porteiros devem conhecer todos os condôminos residentes no condomínio.
Os moradores devem estar cientes e conscientes que os colaboradores estão atuando de forma preventiva em prol da segurança coletiva e, diante disto, devem elogiar o funcionário quando este pratica uma atitude correta além de informarem suas visitas sobre as regras de acesso ao prédio. A repreensão do funcionário, quando age segundo as normas de segurança do prédio, incentiva que ele dê uma esmorecida nos procedimentos de controle de acesso estabelecidos.
Acrescido a isto, os funcionários deverão ser bem treinados e preparados a fim de exercerem sua função com qualidade e seguindo-se os conceitos básicos da proteção condominial.
Agindo-se preventivamente é que se poderá minimizar os riscos de assaltos e dificultar o acesso daqueles que queiram se aproveitar dessas vulnerabilidades para fazerem os condomínios vítimas de suas artimanhas.
(*)Consultor de Segurança em Condomínios pela SUAT e autor dos livros “MANUAL DE SEGURANÇA EM CONDOMÍNIOS” e “TÉCNICAS DE SEGURANÇA EM CONDOMÍNIOS”. Maiores informações elias@suat.com.br.
Fonte: SindicoNet