Tecnologia ajuda a identificar se há vazamentos e evitar desperdício

Vilão no desperdício de água, detectar um vazamento nem sempre é tarefa fácil –especialmente em condomínios que não dispõem de medidores de água (hidrômetros) individuais. Técnicas disponíveis no mercado, no entanto, ajudam a achar o lugar exato da vazão. Uma das máquinas usadas por empresas que prestam o serviço é o Geofone, com versões manual […]

Vilão no desperdício de água, detectar um vazamento nem sempre é tarefa fácil –especialmente em condomínios que não dispõem de medidores de água (hidrômetros) individuais.

Técnicas disponíveis no mercado, no entanto, ajudam a achar o lugar exato da vazão.

Uma das máquinas usadas por empresas que prestam o serviço é o Geofone, com versões manual e eletrônica. As duas usam o som como forma de chegar até o problema. Ambos são capazes de captar a diferença de intensidade de som desde um filete de água até uma gota pingando.

“Com a máquina, identificamos o local do vazamento em até 40 minutos”, diz Sérgio da Silva Meira, da empresa Praquemarido Guarulhos.

O custo dessas inspeções varia de R$ 150 a R$ 580, dependendo da empresa, tamanho da residência e o número de casas atendidas pelo mesmo hidrômetro.

A compra de um modelo simples de Geofone (com fones, estetoscópio e sem visor digital) sai por R$ 2.100. Mesmo que o custo possa parecer vantajoso para um condomínio, por exemplo, é preciso alguém treinado para identificar e filtrar os ruídos.

“O uso do mecanismo exige experiência em instalações hidráulicas. Não dá para apenas colocar o estetoscópio na parede e esperar um barulho diferente”, diz Fabiano Yamasaki, técnico da Yamatec, empresa especializada em equipamentos eletrônicos para a área de saneamento.

Outro modelo é o Sísmico, que trabalha com tecnologia infravermelho. O aparelho faz uma espécie de raio-X do encanamento, mostrando por meio de imagens onde está localizado o fluxo anormal.

Segundo Nelson Agostinho de Sousa Junior, professor de instalações hidráulicas do Senai, esse é o instrumento geralmente usado pelas companhias de abastecimento.

INFILTRAÇÃO

Por ser um problema que, muitas vezes, demora a ser identificado, os vazamentos podem provocar infiltrações em pisos e paredes, encarecendo o conserto.

A assistente jurídico Cathia Ferrari, 25 anos, do Tucuruvi (zona norte), só se deu conta do vazamento quando foi informada de uma infiltração no apartamento do vizinho. “A água já tinha infiltrado pelo teto e parte da parede da cozinha dele. Tive que pagar quase R$ 500 pela reforma”, conta ela.

Fabio Braga/Folhapress
Cathia Ferrari teve problema de vazamento na lavanderia

Cathia Ferrari teve problema de vazamento na lavanderia, mas só percebeu quando foi informada de uma infiltração no vizinho

TÉCNICAS CASEIRAS

Para detectar vazamentos em casas, uma medida indicada pela Sabesp é encher a caixa d’água e fechar todos os registros e torneiras.

Caso a caixa esvazie, um profissional deve ser chamado. Se a caixa ficar cheia e a conta alta, vale checar se há falhas na estrutura do relógio de medição.

Outra técnica é anotar o número e a posição do ponteiro, que aparece no hidrômetro, deixar todos os registros abertos, fechar bem as torneiras, desligar aparelhos que usam água e não dar descarga durante uma hora. Após esse período, basta comparar as anotações. Caso mude, é sinal de vazamento.

A Sabesp oferece curso gratuito e aberto ao público em diversas regiões. As aulas ensinam como encontrar e lidar com vazamentos. Informações pelo telefone 195 ou 0800-0119911.

Fonte: Folha de S. Paulo

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