Móveis com cores escuras já ficaram ultrapassados nos dias de hoje e são pouco procurados (Fotos: Shutterstock)
Falar sobre o que é cafona é algo complexo porque envolve gosto pessoal. Esta é a opinião do arquiteto Bruno Gap, que acredita que há alguns exemplos básicos que podem demonstrar com clareza o que não faz mais parte da decoração contemporânea.
Segundo Gap, os móveis e revestimentos em madeiras de tons avermelhados e amarelados, como o mogno e marfim, foram muito utilizados nos anos 1980 e 1990 e hoje caíram em desuso. “Atualmente os revestimentos e móveis em madeira têm tons mais sóbrios e naturais e as madeiras com toques de cinza estão muito em alta”, ensina Gap.
“Cortinas muito volumosas e de tecidos bem grossos e pesados aliadas aos famosos bandôs, também em tecido, são exemplos muito característicos das décadas de 1970, 1980 e 1990”, comenta. No final dos anos 90 já começaram a ser usadas cortinas mais leves e simples, parecidas com as que usamos hoje, de acordo com o arquiteto.
As cortinas volumosos deram espaço para os tons e tecidos mais leves
Móveis com estofados volumosos, arredondados e muitas vezes acompanhados de detalhes em tecido franzido já não são o forte hoje.
“Esses móveis sempre tiveram seu design aliado à sensação de conforto. Mas hoje os móveis modernos ganham ar mais leve e mantêm o conforto com percintas e plumas de ganso”, explica.
Muito vidro na casa deixa o ambiente pesado, segundo o arquiteto Bruno Gap.
Utilizar conjunto de móveis iguais ou o mesmo modelo de mesas de canto e de centro era tendência muito forte nos anos 80. “Hoje combinar móveis diferentes, até de épocas distintas, agrega ao décor personalidade e estilo”, avalia o arquiteto.
Gap finaliza explicando que o uso exagerado de vidros e espelhos revestindo paredes e móveis deixa o espaço pesado. “Vamos nos lembrar das paredes e tetos revestidos de espelhos dos anos 80. Era comum esse tipo de ambientação ser complementado por mesas de jantar de vidro e lustres de cristal. Apesar de serem materiais visualmente leves, o brilho excessivo torna-se cansativo e ultrapassado.”
Fonte: ZAP Imóveis