Ainda que não impeçam uma invasão, se bem aproveitados, podem incrementar a segurança do condomínio
Sinônimos de proteção para residências e condomínios, os muros, independente da altura que possuam, nem sempre conseguem cumprir o objetivo principal de quem os constrói, que é o de impedir a entrada de ladrões.
Segundo Florival Ribeiro, diretor da RTS Consultoria em Segurança, muros são apenas obstáculos para afastar pessoas indesejáveis. Os muito altos funcionam nas regiões periféricas, fundos e laterais, mas não são recomendados para a frente das residências.
“Neste caso, eles criam uma área segura que não só protege os moradores como também permite que um eventual invasor se sinta protegido e acabe ficando por muito tempo escondido no local”, explica Ribeiro.
Permitido ou proibido – De acordo com Arnaldo Calisto, gerente de vendas da ACR Service, como a altura dos muros não inibe a invasão de bandidos, é preciso protegê-los com barreiras mais ofensivas, como cercas eletrificadas. O muro tem que ter 2,10 metros de altura e, no caso de cercas eletrificadas, Calisto afirma que elas precisam ser certificadas pelo Imetro. “No muro também deve ser colocada uma plaquinha de identificação.”
Outro ponto importante é que, apesar de muitos edifícios assim agirem, colocar cacos de vidro ou prego enferrujado em cima dos muros é algo proibido. Se alguém se machucar, o proprietário – ou o condomínio no caso – terá que pagar uma indenização.
Cuidados necessários
– As cercas elétricas certificadas pelo Imetro não são tão perigosas como se pensa. Elas geram um choque de 10.000 volts, mas com baixa amperagem
– Por outro lado, cercas elétricas clandestinas podem levar ao óbito, conforme dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade
– Quanto mais altos forem os muros, mais sujeitos eles estarão às forças horizontais de ventos ou de cargas flutuantes. Dessa forma, é importante que haja algum tipo de estrutura que resista a essas cargas
– É preciso atenção ao apoiar uma nova construção nos muros existentes. Muito provavelmente eles não foram calculados para resistir a cargas maiores e possivelmente entrarão em colapso
Fonte: iCondominial