Segundo o síndico Everton Ribeiro, a ideia surgiu quando se percebeu que as crianças ficavam ociosas pelo pátio do condomínio sem ter nenhuma atividade educativa. “Os pais aprovaram a ideia e estão dando apoio aos filhos que participam. As crianças também estão adorando e ficam ansiosas esperando a chegada da professora”, relata o síndico.
As crianças têm aulas semanais de violão, flauta, percussão corporal, canto coral e dança, atividades que são desenvolvidas pela equipe pedagógica da Escola de Música Bicho Grilo, sob a supervisão dos assistentes sociais da Secretaria da Habitação.
De acordo com Franciele Savallisch, os instrumentos foram adquiridos com recursos do Governo Federal através do Programa Minha Casa Minha Vida, que destina 1,5% do valor da obra para a execução do trabalho técnico-social. Para a ação Arte no Condomínio foi destinado um total de R$ 42 mil. O projeto está previsto para encerrar em dezembro deste ano e os instrumentos e demais materiais serão doados ao condomínio, pois o objetivo da ação é que ela seja continuada dentro do residencial.
A assistente social explica que como a ação iniciou há pouco tempo, ainda não há como mensurar os resultados. Contudo, percebe-se como ponto positivo o interesse das crianças e adolescentes em participar das aulas. “Além das atividades previstas, temos realizado várias outras ações, entre elas, palestras com temas de saúde, métodos anticoncepcionais, reciclagem do lixo, educação financeira, atividades de incentivo à leitura, entre outras. No dia 10 de maio realizamos um recital em homenagem às mães”, relata Francieli.
Para Everton, o resultado da ação está sendo muito positivo, pois são perceptíveis as mudanças no comportamento das crianças que se dedicam cada vez mais para aprender as atividades. “O projeto está ajudando muito, principalmente no que diz respeito à convivência em comunidade, pois as crianças estão aprendendo a se relacionar melhor e levando essa experiência para dentro dos seus lares”, conta o síndico.
Na opinião de Everton seria ótimo se fossem realizadas atividades para os idosos também terem a oportunidade de aprender ou compartilhar suas experiências de vida. “Tudo isso contribui para as pessoas entenderem como podem viver bem em um lugar com mais de 500 pessoas que pensam de maneira diferente, agem diferente e têm costumes diferentes”, destaca.
Por Graziella Itamaro
Fonte: CondomínioSC