Se você está pensando em reformular a sua cozinha e mudar a distribuição dos móveis e eletrodomésticos, a primeira coisa que deve conhecer são os diferentes tipos de distribuição para definir qual se ajusta melhor ao seu espaço.
Cozinhas planejadas são uma boa opção (Fotos: Shutterstock)
Na opinião da designer de interiores Rita Kattoua, é necessário considerar os elementos determinantes existentes no espaço. “As cozinhas planejadas são uma boa solução, pois são versáteis já que você pode fazer sua cozinha projetada sob medida e de acordo com as suas necessidades”, avalia.
Para a também designer de interiores Renata Florenzano, devem ser analisadas duas questões. “A primeira seria o espaço disponível para projetar essa cozinha e a segunda o estilo de vida dos moradores, ou seja, se a família gosta de cozinhar, por exemplo, transformando este ambiente em área social da casa, onde a família e amigos permanecem por muito tempo”, diz.
Linear – Rita explica que, para ter uma cozinha linear, é preciso ter uma parede de, pelo menos, 3 metros. “Normalmente esse modelo é utilizado quando a cozinha é estreita e longa. O ideal é que a pia fique no meio (entre fogão e geladeira), permitindo que estes dois fiquem separados e o meio funcione como espaço de apoio para estas duas áreas”, explica.
O ideal é que a pia fique no meio nas cozinhas lineares
Renata considera que as cozinhas lineares são as mais adequadas para apartamentos e casas que dispõem de cozinhas com espaços pequenos. “O ideal seria ter uma parede de, no mínimo, 3 metros para instalar o fogão, cuba com duas portas, gaveteiro e nicho para geladeira. Nesta composição de cozinha pode ser incorporada uma ilha para inserir uma cuba ou fogão, sendo que será necessária uma circulação de no mínimo 1,20 metro, espaço ideal para a pessoa circular e abrir as portas dos armários e gavetas”, explica.
Paralela – Este layout permite duas filas de armários ou bancadas, o que significa ganho de espaço para arrumação e para trabalhar. “O ideal é deixar a pia e o fogão lado a lado e a despensa do lado oposto, incluindo a geladeira”, diz Rita. A cozinha em paralelo permite distribuir e organizar bem as tarefas.
Renata acrescenta que essas cozinhas também não exigem muito espaço, pois os armários devem ter aproximadamente 65 cm de profundidade e a circulação entre eles deve ter, no mínimo, 1,20 metro para facilitar o trabalho e abrir as portas dos armários e gavetas.
Neste caso, a distribuição é ótima
Cozinha em forma de ‘U’ – Neste modelo a circulação torna-se muito fácil e bem distribuída. “É possível conseguir uma ótima distribuição e aproveitamento dos móveis, com linearidade e uniformidade”, diz Rita.
Para Renata, são cozinhas agradáveis, que exigem espaço grande. “O seu formato permite ter maior número de armários e gavetas e, em função do espaço ser maior, devemos ter cuidado para não deixar confusa a localização dos eletrodomésticos como micro-ondas, lava-louça e fogão, perdendo a sua praticidade no momento da utilização”, alerta.
Os estilos em ‘L’ são perfeitas para aproveitar os cantos
Cozinha em forma de ‘L’ – Rita explica que este modelo também permite distribuir as tarefas no “triângulo” e livra um espaço para que uma mesa possa ser colocada, permitindo que o ambiente funcione como copa-cozinha.
Segundo Renata, são cozinhas perfeitas para aproveitar os cantos e oferecem layout harmonioso para a instalação de uma área de refeição ou uma ilha.
O layout ilha é o mais prático, porque tudo está estrategicamente instalado
Ilha – Renata explica que a ilha é colocada no meio da cozinha com os mesmos acabamentos da base e dos armários. “É um acessório prático, onde podem ser inseridos fogão, lava-louça ou tampo para alimentação.
“Para que a ilha não se torne um incômodo deve existir pelo menos 1,20 metro de espaço livro ao seu redor. Esse formato se aplica bem à cozinha gourmet, pois permite que o cozinheiro interaja com seus convidados enquanto eles observam a preparação dos alimentos e os degustam”, comenta Rita.
Cozinhas independentes permitem uma liberdade sem igual
Cozinha independente – Ao contrário das outras disposições, todas elas fixas, a cozinha independente é o que o próprio nome diz: independente! “Como os móveis não são fixados nem às paredes, nem ao chão, permitem uma liberdade sem igual. Você pode adicionar módulos apenas quando realmente necessita deles, pode alterar a disposição da cozinha sempre que quiser e, quando mudar de casa, pode levar a cozinha com você”, explica Rita.
Para a designer de interiores Claudia Debax, o mobiliário fixo é sempre a melhor opção, pois tudo que é personalizado atende melhor às necessidades. Os laminados melamínicos, conhecidos mais como fórmica, possibilitam personalização das mais simples às mais elaboradas.
“No caso das cozinhas americanas, cozinhar definitivamente não pode se tornar sinônimo de fumaça e cheiro de fritura por toda a casa. Caso contrário, a cozinha se torna um transtorno em vez de um benefício. Portanto, além de investir em uma bela decoração, não se esqueça de instalar uma coifa potente com o intuito de driblar os incômodos”, alerta.
Como a proposta da cozinha americana é integrar os ambientes, é interessante que o piso seja o mesmo da sala vizinha. Vale até apostar em madeira ou nos porcelanatos semelhantes às madeiras, na opinião de Claudia.
Preços – Na avaliação de Renata, a cozinha mais cara seria em formato de ‘U’ em função da maior quantidade de armários, gavetas e a disponibilidade de colocar mais eletrodomésticos. “Mas devemos sempre levar em consideração o valor dos acabamentos e revestimentos, ou seja, uma cozinha maior pode ter um preço mais acessível que uma cozinha menor em função dos acabamentos escolhidos”, argumenta.
Na visão de Rita, o projeto pode ser mais em conta e mesmo assim proporcionar uma cozinha completa, tudo isso sem dispensar produtos de qualidade.
“Opte por design clean e básico e faça o projeto completo em acabamentos na cor branca, valorizando a funcionalidade, acessórios e a circulação do espaço”, recomenda a designer.
De acordo com ela, essa opção com certeza vai combinar com qualquer escolha de materiais e revestimentos presentes no espaço ou escolhidos para a reforma. “Assim você pode ousar na escolha das cores dos pisos, azulejos ou até em painéis decorativos nas paredes”, ensina.
“Procure tirar o máximo de partido da iluminação natural ou faça um projeto adequado de luz artificial para destacar as cores. Essa escolha reduz valores de sua cozinha planejada sem deixar de ser uma cozinha sofisticada e contemporânea”, orienta Rita.
Fonte: ZAP Imóveis