Invisível aos olhos, mas de extrema importância na proteção das estruturas, a impermeabilização é um item indispensável em qualquer construção.
Ela impede a infiltração de líquidos e, com isso, mantém intacta a estrutura do prédio, garantindo segurança e evitando dores de cabeça para síndicos e condôminos.
Onde deve ser feita – “No meio da estrutura de concreto existem as ferragens. Se a água entra na estrutura e tem contato com o ferro, ele oxida e toda a estrutura fica comprometida”, afirma Wilson Neves, gestor-executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI).
De acordo com Neves, o procedimento deve ser feito em toda e qualquer área que tenha contato com água na forma líquida ou vapor, mesmo que esporadicamente.
Além do chão de diversas áreas do edifício, outras que podem ser afetadas são: jardineira, varanda, lajes, jardins, piscina, reservatórios de água e banheiros.
Mas mesmo sendo tão importante, a impermeabilização é negligenciada e, por vezes, não é feita da maneira correta, justamente por ser algo que não é visível.
Projeto e execução – “A impermeabilização deve ser prevista já no projeto. Quando se faz o projeto de uma obra não é só paisagismo. Claro que esse item é bonito e é importante, mas por traz disso deve ter algum impermeabilizante. Um projeto tem atrás de si aspectos hidráulicos, elétricos e paisagísticos, e a impermeabilização tem de estar atrelada a todos eles”, afirma o gestor-executivo do IBI.
Projeto realizado, o segundo passo é escolher uma empresa idônea para a realização do procedimento.
“Não adianta chamar o zé da esquina. É preciso contratar uma empresa especializada em impermeabilização, que tenha um engenheiro responsável, que possa imitir a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Para cada área a ser impermeabilizada há técnicas e produtos diferentes, e o profissional aplicador sabe o que é melhor para cada caso.”
De acordo com Neves, não há um produto que possa ser considerado o melhor, pois o que dever ser levado em conta é sua adequação ao objetivo. Em linhas gerais, em áreas de maior expansão onde haja dilação, vibração ou trabalho do material, devem ser utilizados produtos mais flexíveis, que acompanhem o movimento.
E em locais onde há água (tais como reservatórios e piscinas) devem ser utilizados materiais mais rígidos. Mas Neves ressalta que a escolha do material mais adequado deve ser vista caso a caso.
Durabilidade relativa – A impermeabilização tem duração de acordo com o correto uso dos locais. “Pode se postergar [a impermeabilização] conforme se use a edificação de forma correta. Quanto mais forem seguidas as orientações do manual, maior é a duração.”
Neves alerta ainda para a existência de construtores mal-intencionados que tentam economizar e não fazem o serviço como se deve. “A impermeabilização é vital para a saúde da edificação, portanto, todo projetista tem de concebê-la no projeto”, frisa.
Fonte: iCondominial