Muitos condomínios do litoral catarinense compartilham a vegetação da Mata Atlântica com diversos animais silvestres. Devido à expansão urbana, esses bichos acabam migrando para as áreas residenciais e invadem jardins, garagens e telhados. Em Florianópolis, em busca de alimento ou abrigo, cobras, corujas, gaviões, saguis, lagartos, aranhas, escorpiões, gambás e até jacarés são avistados por condôminos. Portanto, essa convivência deve ser harmoniosa e os síndicos e moradores precisam respeitar a presença das espécies inofensivas e saber o que fazer diante de animais venenosos ou agressivos.
Frequentemente a Polícia Ambiental de Florianópolis recebe chamados para resgate de animais silvestres que posteriormente são reinseridos em seu hábitat com segurança. No condomínio horizontal Vilas do Porto, há uma extensa área de vegetação. Lá o morador e criador de pássaros Sidney Galo recorda o dia em que recebeu a visita inusitada de uma cobra-de-capim. “Crio as minhas aves, mas de cobra eu tenho medo. Chamei os agentes para resgatá-la. Eles a retiraram daqui com vida”. O condômino relata ter avistado outras cobras do tipo coral nos jardins dos vizinhos no residencial. O soldado do Centro de Triagem e Resgate de Animais Silvestres da Polícia Ambiental, Cleber Machado, orienta que os moradores não tirem a vida dos bichos. “Ao avistar uma cobra, escorpião ou qualquer outro animal ameaçador, mantenha distância, procure identificar a espécie, isole o local e nos acione imediatamente”, diz.
O soldado Cleber Machado informa que, em ocorrências envolvendo condomínios, 70% das cobras são resgatadas próximo ao motor da piscina ou na casa de máquina. “Elas procuram esses lugares escuros e quentes para se abrigar”, diz. No que diz respeito às cobras, o soldado orienta que todas devem ser tratadas como perigosas. “Todo cuidado é pouco. Há serpentes que não matam por veneno, mas estrangulam ou mordem. Sua saliva contém bactérias transmissoras de doenças”, explica.
No condomínio Porto da Lagoa, a síndica Liane Segatta avistou recentemente uma aranha caranguejeira e, mesmo sabendo que o bicho não era venenoso, manteve distância. “Percebi que ela não estava ameaçando ninguém e correu para se esconder”. Para evitar a presença desses animais, a síndica mantém a poda do jardim, conforme recomendação da Polícia Ambiental. “Para segurança e higiene, cortamos a grama toda semana“, diz Segatta. De acordo com Machado, caranguejeiras, apesar de não serem venenosas, podem ser agressivas e morder quando molestadas. Além disso, sua pelugem pode provocar coceiras e irritações. Outra espécie de aranhas, as armadeiras, habitam jardins e são altamente venenosas e nocivas. “Se possível, o ideal é pegar um balde, virar em cima delas e esperar a policia chegar”, orienta.
Algumas espécies de animais silvestres podem conviver com os moradores sem riscos consideráveis. Espécies de aves de rapina servem para admiração dos condôminos. No Residencial Ilha Razolli, no bairro Trindade, o morador Saulo Vales flagrou um gavião carcará, espécie rara, na cobertura do condomínio. “São dois gaviões que nos visitam com frequência. Acredito que vêm do mangue para descansar e observar presas aqui do alto. É muito interessante ter o contato com esses animais”. O síndico do residencial, Gilberto Isppo, um admirador da natureza, ressalta que os animais devem ser preservados e respeitados. “Quando necessário chamamos as autoridades para socorrê-los”, diz.
CUIDADO
– Escorpiões são atraídos por baratas. Cobras se alimentam de ratos. Aranhas se abrigam em matos ou jardins. Portanto, mantenha o condomínio sempre limpo.
– Não alimente os animais – os saguis, acostumados a receber comida, passam a invadir os apartamentos e abrem os armários em busca de alimentos. A situação fica irreversível.
– Lagarto comum da região, o teiú, ao se sentir encurralado, pode morder e salpicar com o rabo. Sua saliva transmite doenças.
– Jamais tente pegar no animal ou matá-lo – mantenha distância, procure identificar a espécie e chame a Polícia Ambiental.
– Se alguém for picado por cobras ou escorpiões, lave imediatamente o local com água e sabão, mantenha o repouso e, se a área atingida for pés ou pernas, eleve o membro e leve a vítima para o atendimento médico urgente. Não faça torniquetes. Não é necessário capturar o animal para identificação do antiofídico.
Frequentemente a Polícia Ambiental de Florianópolis recebe chamados para resgate de animais silvestres que posteriormente são reinseridos em seu hábitat com segurança. No condomínio horizontal Vilas do Porto, há uma extensa área de vegetação. Lá o morador e criador de pássaros Sidney Galo recorda o dia em que recebeu a visita inusitada de uma cobra-de-capim. “Crio as minhas aves, mas de cobra eu tenho medo. Chamei os agentes para resgatá-la. Eles a retiraram daqui com vida”. O condômino relata ter avistado outras cobras do tipo coral nos jardins dos vizinhos no residencial. O soldado do Centro de Triagem e Resgate de Animais Silvestres da Polícia Ambiental, Cleber Machado, orienta que os moradores não tirem a vida dos bichos. “Ao avistar uma cobra, escorpião ou qualquer outro animal ameaçador, mantenha distância, procure identificar a espécie, isole o local e nos acione imediatamente”, diz.
O soldado Cleber Machado informa que, em ocorrências envolvendo condomínios, 70% das cobras são resgatadas próximo ao motor da piscina ou na casa de máquina. “Elas procuram esses lugares escuros e quentes para se abrigar”, diz. No que diz respeito às cobras, o soldado orienta que todas devem ser tratadas como perigosas. “Todo cuidado é pouco. Há serpentes que não matam por veneno, mas estrangulam ou mordem. Sua saliva contém bactérias transmissoras de doenças”, explica.
No condomínio Porto da Lagoa, a síndica Liane Segatta avistou recentemente uma aranha caranguejeira e, mesmo sabendo que o bicho não era venenoso, manteve distância. “Percebi que ela não estava ameaçando ninguém e correu para se esconder”. Para evitar a presença desses animais, a síndica mantém a poda do jardim, conforme recomendação da Polícia Ambiental. “Para segurança e higiene, cortamos a grama toda semana“, diz Segatta. De acordo com Machado, caranguejeiras, apesar de não serem venenosas, podem ser agressivas e morder quando molestadas. Além disso, sua pelugem pode provocar coceiras e irritações. Outra espécie de aranhas, as armadeiras, habitam jardins e são altamente venenosas e nocivas. “Se possível, o ideal é pegar um balde, virar em cima delas e esperar a policia chegar”, orienta.
Algumas espécies de animais silvestres podem conviver com os moradores sem riscos consideráveis. Espécies de aves de rapina servem para admiração dos condôminos. No Residencial Ilha Razolli, no bairro Trindade, o morador Saulo Vales flagrou um gavião carcará, espécie rara, na cobertura do condomínio. “São dois gaviões que nos visitam com frequência. Acredito que vêm do mangue para descansar e observar presas aqui do alto. É muito interessante ter o contato com esses animais”. O síndico do residencial, Gilberto Isppo, um admirador da natureza, ressalta que os animais devem ser preservados e respeitados. “Quando necessário chamamos as autoridades para socorrê-los”, diz.
CUIDADO
– Escorpiões são atraídos por baratas. Cobras se alimentam de ratos. Aranhas se abrigam em matos ou jardins. Portanto, mantenha o condomínio sempre limpo.
– Não alimente os animais – os saguis, acostumados a receber comida, passam a invadir os apartamentos e abrem os armários em busca de alimentos. A situação fica irreversível.
– Lagarto comum da região, o teiú, ao se sentir encurralado, pode morder e salpicar com o rabo. Sua saliva transmite doenças.
– Jamais tente pegar no animal ou matá-lo – mantenha distância, procure identificar a espécie e chame a Polícia Ambiental.
– Se alguém for picado por cobras ou escorpiões, lave imediatamente o local com água e sabão, mantenha o repouso e, se a área atingida for pés ou pernas, eleve o membro e leve a vítima para o atendimento médico urgente. Não faça torniquetes. Não é necessário capturar o animal para identificação do antiofídico.