A vez do síndico profissional

O segmento de condomínio só na região metropolitana de São Paulo movimenta aproximadamente três bilhões de reais mensais e gera mais de 250 mil empregos diretos. Somente isso já seria um motivo e tanto para explicar o processo de profissionalização do setor. Outro dado significativo é a crescente migração da população para moradia em condomínios […]

O segmento de condomínio só na região metropolitana de São Paulo movimenta aproximadamente três bilhões de reais mensais e gera mais de 250 mil empregos diretos. Somente isso já seria um motivo e tanto para explicar o processo de profissionalização do setor. Outro dado significativo é a crescente migração da população para moradia em condomínios fechados, principalmente, com o intuito de aumentar a segurança de toda a família. Por fim, a relevância de que muitos imobilizam parte de seu patrimônio na compra de um apartamento.

Há mais de meio século surgiram as administradoras de condomínio, iniciando o primeiro ciclo de profissionalização do setor. Mais recentemente,síndico profissional 1 vimos a transformação de “zeladores quebra-galho” em profissionais preparados e “porteiros aperta-botão” em controladores de acesso qualificados para identificar ações suspeitas. Se esta realidade não contempla todos os condomínios do país, um numeroso e crescente contingente já passou por esse processo, principalmente nos maiores centros urbanos.

Porém, não basta ter um ótimo barco, com ótimos marujos, se seu comandante não sabe que direção seguir. O síndico é a figura principal neste contexto, pois somente ele pode agir em nome de sua comunidade, levando-os a navegar por águas calmas ou ao naufrágio.

Exemplificando o significado lúdico de naufragar um condomínio, este pode ocorrer em forma de decisões erradas que o levam a provocar ações trabalhistas, depreciar o patrimônio, ou em vulnerabilizar sua segurança, dentre outras tantas. Muitas vezes, esses prejuízos vão sendo acumulados e só aparecerão tempos depois.

Alguns anos atrás a figura de síndico se distinguia por senhores ou senhoras aposentados(as) que tinham tempo disponível para se dedicar ao condomínio. Recentemente, esta figura começou a ser substituída por jovens empresários que, com seus conhecimentos administrativos, colaboram para o andamento da vida condominial.

O processo não parou por aí, o que estamos vivenciando atualmente é uma profissionalização do cargo, aonde já tínhamos a figura da administradora e do zelador/gerente profissionais, agora também temos o síndico como profissional.

Este síndico, se bem preparado, torna o condomínio mais seguro, mais harmonioso para moradores e visitantes, diminui custos desnecessários, diminui riscos de ações judiciais e, em especial, valoriza o patrimônio que todos possuem no empreendimento.

Porem, para tal, é necessário se capacitar. Com isso, surgiram os cursos especializados na formação de síndicos profissionais. Uma excelente opção para quem está em busca de novas alternativas no mercado de trabalho, já que se trata de uma atividade relativamente nova e com mercado promissor.

Fonte: Folha do Condomínio

Por: Ricardo Karpat, diretor da Gábor RH, administrador de empresas especializado em recursos humanos, com experiência profissional de 12 anos no segmento de condomínios.

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