Para manter o condomínio financeiramente equilibrado, tudo começa na previsão orçamentária. É a analise de tudo o que se gastou somado com a estimativa de inflação que mostrará quanto é necessário arrecadar para compor o orçamento do condomínio.
Nessa lista entram desde o pagamento de funcionários e terceirizados até os gastos com água e luz das áreas comuns. “A previsão orçamentária é apresentada em assembleia e através dela gera-se um valor para a taxa condominial do ano”, explica o vice-presidente de administração imobiliária e condomínios do Secovi São Paulo, Hubert Gebara. Mas e quando muitos moradores passam a não pagar a taxa de condomínio?
Para o educador e terapeuta financeiro, Reinaldo Domingos, a elevação do percentual de inadimplentes é primeiramente um sinal de que os gastos do condomínio estão acima do padrão dos moradores.
“Neste caso cabe verificar tudo o que se gasta. Em qualquer orçamento, desde que se tenha um bom planejamento financeiro, é possível conseguir reduções de até 30%.” Quando o problema começa a atingir um nível além de comum, é válido propor uma reunião e avaliar o que pode ser feito.
Saindo do sufoco
Quando moradores começam a se tornar inadimplentes a primeira coisa a ser feita é buscar uma conversa amigável para entender a situação, algo que geralmente é feito pelo síndico.
“O síndico conhece todos os moradores e pode, amigavelmente, fazer uma cobrança explicando que não foi registrada a compensação do pagamento. Geralmente, quando o síndico aborda dessa forma, o condômino avisa que não pagou por problemas diversos”, completa Gebara. Neste caso é preciso encontrar uma solução viável.
Apesar de ser possível propor formas de facilitar o pagamento parcelando o débito, nemadministradora nem síndico tem poder de isentar o condômino das multas.
“A administradora pode propor um parcelamento da dívida, entretanto deve deixar o condômino ciente de que será o valor total acrescido da multa de dois por cento mais um por cento ao mês”.
O fundo de reserva também não deve ser considerado solução para cobrir a inadimplência. “Esse fundo tem por finalidade cobrir despesas não esperadas, como a quebra de um elevador ou a reposição de janelas.”
Educação financeira
Reinaldo Domingos, que também é autor do best-seller “Terapia Financeira”, alerta que a grande origem da inadimplência é quando não se tem conhecimento da melhor forma de gastar e investir.
“Muitas vezes é um problema educacional. O morador gasta tudo o que ganha e não investe e em algum momento qualquer surpresa desestabiliza seu orçamento. O síndico pode investir em orientação, promovendo palestras internas sobre educação financeira e colaborando com o coletivo”.
Com as contas em dia
Fonte: iCondominial