Pequenos condôminos, grandes perigos

São apenas crianças, pequenos condôminos. E por isso mesmo, ainda não têm uma noção adequada para os possíveis perigos dos condomínios Nesses tempos modernos, os condomínios tornaram-se o local ideal para brincadeiras e lazer. Por menor que seja o prédio, há sempre uma pequena área ou um equipamento destinado às crianças. Afinal, elas merecem uma […]

São apenas crianças, pequenos condôminos. E por isso mesmo, ainda não têm uma noção adequada para os possíveis perigos dos condomínios

OLYMPUS DIGITAL CAMERANesses tempos modernos, os condomínios tornaram-se o local ideal para brincadeiras e lazer. Por menor que seja o prédio, há sempre uma pequena área ou um equipamento destinado às crianças. Afinal, elas merecem uma oportunidade para fazer o que elas mais gostam: brincar. E nos dias atuais, cada vez menos se torna possível brincar na rua, como nos velhos tempos, por conta da violência e do tráfego intenso. Mas, infelizmente, há outras áreas do condomínio onde podem ocorrer acidentes, envolvendo vítimas graves: o próprio elevador, as escadas, a piscina, por exemplo. Até os grandes condomínios, que possuem grandes áreas comuns de lazer, precisam precaver-se contra os perigos que rondam estas áreas. Que cuidados devem ser considerados para que estes problemas não ocorram?

Em primeiro lugar, vêm a orientação e a educação. Ensinar uma criança a se comportar dentro do condomínio é transmitir conceitos básicos da vida em comunidade. Esta tarefa é uma responsabilidade de pais, síndicos e funcionários. Para muitas crianças, elevador é simplesmente um grande brinquedo, por sinal, muito atrativo; as escadas, um cenário perfeito para brincadeiras mais emocionantes; a piscina, local onde tudo é festa. Apontar os possíveis perigos, mostrando a necessidade de cuidados e responsabilidade, é a primeira e principal medida de prevenção contra acidentes. Infelizmente, de tempos em tempos, tem-se notícia sobre algum acidente grave envolvendo crianças em condomínios. E um trabalho de orientação e educação poderiam ter evitado estes problemas.

Em segundo lugar, os funcionários devem ficar sempre atentos para impedir o acesso às áreas de uso restrito, mantendo as portas da casa de máquina, depósitos e outros locais, trancadas. Os funcionários do condomínio têm trabalho a fazer. Portanto, não são obrigados a tomar conta das crianças. Mas, eles podem ser orientados a avisar os responsáveis quando, por exemplo, um pequenino estiver sozinho em algum lugar que possa representar risco para o seu bem-estar. Alguns deles esquecem recipientes com material de limpeza em alguma área, à altura das mãos de crianças; outras vezes, permitem que elas transitem por áreas molhadas, propensas a quedas e escorregões. Evitar brincadeiras pelas escadarias é fundamental. Para que essas possam ser utilizadas com tranqüilidade, como acesso aos andares, é necessário mantê-las bem iluminadas e livres de latões de lixo ou entulhos que possam obstruir as passagens.

Mesmo os locais destinados ao lazer precisam de atenção. Os brinquedos dos playgrounds têm que ser vistoriados para checagem de suas condições de uso. O ideal é que os equipamentos sigam as normas da ABNT e que a sua disposição seja bem planejada. Alguns brinquedos ocupam pouco espaço, mas necessitam de uma ampla área para seu uso correto. É o caso dos balanços que podem causar muitos acidentes se não houver um amplo corredor para passagem tanto pela sua frente, quanto por trás. Muitos condomínios optam por determinar horários de funcionamento para suas piscinas, quadras e parquinhos. No caso da piscina, o cuidado deve ser dobrado. Mesmo que essa seja rasa e adequada para as crianças, não é recomendável deixá-las sozinhas no local.

Para se ter ideia da necessidade destes cuidados, em recente pesquisa americana, cerca de 200 mil crianças se machucam por causa dos tombos nos brinquedos presentes nos parques infantis e no playground dos condomínios americanos. A média brasileira pode ser menor, mas não menos preocupante, pois um acidente nestes locais gera, normalmente, deslocamentos e fraturas. A parte mais triste é saber que muitos destes problemas poderiam ser evitados com pequenos cuidados.

Fonte: Jornal do Síndico

  • COMPARTILHE

Pesquisar

Desenvolvido por: