Entenda como funciona o processo de aumento de carga em uma edificação, de acordo com os especialistas, entre eles o engenheiro Valdir Gadioli, e a AES Eletropaulo:
1. É preciso inicialmente providenciar estudo de um engenheiro eletricista ou técnico em eletrotécnica para calcular a nova potência, incluindo o mapeamento dos equipamentos elétricos, pontos de luz e tomadas de cada unidade, além de considerar o uso futuro.
2. O especialista estrutura um projeto com base em memoriais técnicos e faz o recolhimento da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), contendo o detalhamento das cargas do empreendimento.
3. O especialista ou o síndico apresenta a ART e a documentação de identificação do condomínio e dá entrada ao pedido de alteração de carga junto à concessionária.
4. A concessionária analisa o documento num prazo de 30 dias e verifica se há coerência técnica e quais as necessidades de adequação das potências de transformação que abastece o empreendimento.
5. Se estiver tudo certo, a concessionária faz a liberação. O responsável técnico solicita o desligamento para readequar a entrada de energia para a nova modalidade. O condomínio costuma ter que fazer algumas adequações no sistema, como mudar o cabo de entrada, tipos de caixa, e proteções para a nova carga. Esse processo costuma levar cerca de oito dias.
6. Se houver necessidade de serviços na rede de distribuição, o prazo para a intervenção da Eletropaulo é de 90 e 180 dias, pois inclui a participação de terceiros, como CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Em área subterrânea (como garagens), se houver necessidade de adequação do ramal de entrada, pode haver cobrança ao cliente.
7. Durante o período de readequação, a Eletropaulo fornece energia de maneira provisória para manutenção e a título precário. O consumo desses dias é cobrado por estimativa com base na média do consumo dos últimos três meses de cada unidade, pois não há medição individual.
8. Concluídos os trabalhos, a Eletropaulo efetua o religamento da energia, num prazo de dois dias úteis para rede aérea.
Fonte: Direcional Condomínios